Projeto de autoria da distrital Liliane Roriz encerra polêmica e é aprovado por 15 distritais na tarde desta quinta (11)
Um dos temas mais polêmicos que tramitou neste ano na Câmara Legislativa, a alteração da quadra 901 Norte deixa de ser uma assombração na vida dos moradores do Plano Piloto. Projeto de lei de autoria da deputada Liliane Roriz (PRTB) que barra as intenções de erguer grandiosos prédios no local foi aprovado por unanimidade na sessão desta quinta-feira (11). Os quinze deputados distritais presentes em plenário aprovaram a medida...
Uma das principais críticas às mudanças no projeto original de Lúcio Costa, a autora da nova lei veio buscando ao longo de seu mandato criar formas de tentar impedir que o planejamento de Brasília fosse comprometido pelos interesses imobiliários. De acordo com a proposta do governo,12 torres de 15 a 18 andares poderiam ser erguidas nas proximidades do Colégio Militar de Brasília.
A distrital travou um embate com o atual governo, tentando impedir a aprovação do texto contido no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), que tentava ser aprovado na Casa, contendo várias alterações nos cartões postais do centro da cidade. Pressionado, o governador Agnelo Queiroz (PT) decidiu retirar o projeto da Câmara Legislativa.
Durante a votação, a proposta de Liliane Roriz foi elogiada pelo presidente da Casa, Wasny de Roure (PT), e também por outros deputados. “Essa não é uma vitória minha, é de toda a população que terá assegurada a qualidade de vida na área central de Brasília e também da história de nossa cidade”, comemorou Liliane.
O Projeto de Lei Complementar 22/2011 chegou a ser alvo de duras críticas durante o auge da tramitação do PPCUB. Em contraponto, a ideia do governo era construir permitir construções comerciais e de uso múltiplo, como flats residenciais, na região localizada ao lado do Colégio Militar de Brasília.
“Era uma total aberração o que tentavam fazer com nossa cidade. Nosso conhecido horizonte seria encoberto pela sede interminável dos empreiteiros e pessoas sem compromisso com a nossa história”, ataca Liliane.
Com a aprovação em primeiro turno, a matéria será validada em segundo turno e segue para o Palácio do Buriti, onde terá até quinze dias úteis para ser sancionada pelo chefe do Executivo. Caso se oponha ao texto, o governador pode devolver o projeto para ser promulgado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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fonte: CLDF