Como a nacionalização dos comandos pode trazer a solução definitiva para um mercado onde não há mais espaço para a monopolização
Em um mundo globalizado, é natural a utilização de equipamentos importados. Contudo, o elevador não é um produto de consumo que você pode descartar e comprar outro se falhar ou não for bom. A vida útil esperada de um elevador é de pelo menos 20 anos e nem todas as peças podem ser facilmente repostas, pois não são compatíveis com os equipamentos nacionais. Portanto, temos um sério risco de desabastecimento de peças de reposição e, consequentemente, transtornos com a manutenção e elevador frequentemente parado.
Os carros importados já tem este tipo de problema, mesmo tendo uma escala de fabricação e comercialização muito maior que a de elevadores. São 3 milhões de automóveis vendidos ao ano contra 12 mil elevadores.
Lembrando que no caso de falha, não podemos pedir empréstimo de elevador a um parente ou, semelhantemente ao que ocorre com automóveis, acionar a seguradora para disponibilizar o elevador reserva enquanto aguardamos o suporte técnico.
Algumas multinacionais até colocam em seus contratos de venda cláusula afirmando que “o cliente está ciente de que o equipamento, mesmo comprado no Brasil, possui componentes importados”. É algo que soa como normal nos dias de hoje, mas na pratica estão antecipando o problema e se precavendo de ter que cumprir contrato ao avisar que “seu elevador vai ficar parado por um bom tempo e não poderemos fazer nada”. Em muitos casos, componentes vitais podem depender de pedidos de importações demorados, sem previsão de entrega e mão de obra específica, o que encarece ainda mais o serviço.
O custo elevado desta logística é outro problema, mesmo com a possibilidade de economizar numa oferta de importação “da China”, cujo produto pode ser mais barato. O custo final do contrato de manutenção certamente será mais elevado, tanto pela dificuldade da reposição de peças e falta de técnicos especializados, até mesmo pelo fator “exclusividade” que o fornecedor costuma embutir na proposta comercial.
“Cortar o mal pela raiz” e nacionalizar é a solução
Empresas brasileiras avançaram muito no desenvolvimento de tecnologia para elevadores. Produzindo em solo nacional equipamentos com todos os recursos necessários para atender a grande maioria dos modelos rodando atualmente no mercado, até mesmo com funções extras, tais como: sistema de voz com mensagens programadas conforme data e hora para serem divulgadas; sistema duplex superinteligente, que é um recurso de otimização de chamada onde, mesmo que o usuário chame dois elevadores ao mesmo tempo, pode escolher um elevador especifico para a viagem economizando energia.
Portanto, a parceria entre fabricantes brasileiras de equipamentos e instaladoras nacionais pode oferecer soluções ainda mais vantajosas às multinacionais, com grande apelo a redução de custos e facilidade de reposição de peças e manutenção.
Mais vantagens
O síndico e administração do condomínio não devem correr o risco de se tornarem reféns de uma única fornecedora de peças e serviços, por maior que seja essa empresa. Ou seja, o síndico deve evitar a adoção de tecnologias proprietárias, que atrelam fornecimento de peças aos serviços de manutenção, em uma venda casada onde preços e prazos se tornam insustentáveis.
Nesse sentido, a consultoria técnica da Inspenge pode ajudar o condomínio fornecendo projetos de modernização de elevadores nos quais o síndico encontra soluções adequadas ao mercado nacional e mais liberdade ao adotar fornecedores de tecnologias abertas. Ao recomendar componentes não proprietários a Inspenge dá ao síndico a oportunidade de comparar realidades distintas. Qual destas situações abaixo o condomínio deveria escolher?
- Manuais de serviço disponíveis para qualquer empresa de manutenção ou acesso restrito a documentação técnica apenas ao fabricante/mantenedor?
- Fabricante dos equipamentos que oferece treinamento de manutenção abertamente para outras empresas ou fabricante que restringe treinamento aos próprios técnicos de manutenção?
- Fabricante dos equipamentos que fornece peças e suporte técnico para qualquer empresa de manutenção de elevadores ou tecnologia fechada e manutenção restrita tipo monopólio?
EXEMPLOS DE CASOS DE SUCESSO NA SUBSTITUIÇÃO DOS IMPORTADOS
Com informações da Infolev / Revista Elevador Brasil | Edição Emerson Tormann
Imagens Infolev - divulgação