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Vazamento nos condomínios: a responsabilidade é de quem?

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Problema costuma causar muita dor de cabeça aos síndicos e moradores

Vazamento em condomínios é um problema que causa muita dor de cabeça aos síndicos e moradores. Normalmente quando isso acontece, o condômino ou morador já comunica o zelador (se houver), ou procura, diretamente, a administradora ou o síndico. É importante lembrar que nem sempre a responsabilidade é do condomínio.

Prédios possuem duas redes de encanamento: a horizontal e a vertical. 

Quando o vazamento provém de cano horizontal, ramais que ligam uma unidade à outra, a responsabilidade é do condômino. Ou seja, o vazamento tem origem na parte interna do apartamento, por exemplo, um vaso sanitário. Deve ser analisado de onde a água vaza, se da própria unidade ou do apartamento superior.

Já os vazamentos que provém de coluna, a responsabilidade é do condomínio. Essas colunas que conhecemos também por prumadas fazem parte das áreas comuns do condomínio.

O síndico do condomínio possui como uma de suas obrigações, diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores, conforme inciso V, do artigo 1.348, do Código Civil. A rede geral de distribuição de água é propriedade comum dos condôminos.

Dessa maneira, para que se evite grandes problemas de vazamentos entre unidades do condomínio, manutenções preventivas nas colunas do prédio devem ser realizadas de maneira periódica, além da manutenção preventiva dos próprios moradores em suas unidades.

Ao surgir a dúvida quanto à origem do problema de vazamento, o ideal é o condomínio contratar um encanador, um profissional especialista ou empresa especializada para que a identifique.

Porém, nem sempre essa identificação da origem do vazamento é tão fácil ou simples assim. Apenas um bom profissional poderá encontrar de onde provém o problema, para que se evite maiores conflitos entre o condomínio e o condômino, ou entre os próprios condôminos, havendo casos que chegam até o Poder Judiciário. Tais conflitos podem ser resolvidos de maneira pacífica e salutar.

Caso o vazamento ocorra entre unidades, e não haja qualquer responsabilidade do condomínio, este até pode colaborar para tentar ajudar a solucionar o problema, sem interferir em qualquer decisão, apenas como intermediário, mediador.

Se o problema for de responsabilidade do condomínio, o condômino deverá fornecer o acesso ao prestador do serviço ou empresa que fará o serviço. Caso impeça a realização dos reparos, o condomínio pode interpor medida judicial.

Não são raros os casos, nos apartamentos de veraneio em condomínios do litoral, da ocorrência de grandes vazamentos que chegam a alagar as unidades e corredores dos andares. Na maioria dos casos, o condômino não está presente no local para conceder o acesso ao seu apartamento para os reparos necessários.

Nesta hipótese, a entrada na unidade é urgente, tendo em vista a imensidão do vazamento. Desse modo, o condomínio pode, por intermédio do síndico, adentrar na unidade, informando ao proprietário da necessidade, e contratar a realização dos reparos. Frise-se que o apartamento deve ser devolvido nas mesmas condições em que foi encontrado, e caso não seja possível, deve ser tudo negociado com o condômino, ou até mesmo em uma assembleia.

Problemas de vazamento nos condomínios são recorrentes, mas transtornos e conflitos podem ser evitados com bastante diálogo, bom senso e boa vontade entre todos os envolvidos.

Viver em condomínio requer empatia entre os moradores e gestores condominiais.

Fonte: Diário do Litoral

Checklist de Manutenção Preventiva para Condomínios

Imagem de Freepik

Manter o condomínio em dia é mais simples com um checklist que organiza e prioriza as ações de manutenção preventiva

Contextualização sobre a Importância da Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva é uma prática essencial para garantir a longevidade e o bom funcionamento das estruturas e sistemas de um condomínio. Diferentemente das manutenções corretivas, que são realizadas após a ocorrência de problemas, a manutenção preventiva visa antecipar e prevenir falhas, evitando interrupções e danos maiores que podem resultar em altos custos e inconveniências.

Benefícios para a Segurança e Bem-Estar dos Moradores

A adoção de uma manutenção preventiva eficaz traz inúmeros benefícios para a segurança e bem-estar dos moradores. Ao manter equipamentos e estruturas em bom estado, reduz-se o risco de acidentes e emergências. Além disso, ambientes bem cuidados promovem uma sensação de segurança e conforto, contribuindo para a qualidade de vida dos residentes.

Apresentação do Tema

Neste artigo, vamos explorar o conceito de checklist de manutenção preventiva, uma ferramenta essencial para a gestão eficiente de condomínios. A criação de um checklist detalhado e regular é crucial para garantir que todas as áreas e sistemas do condomínio recebam a atenção necessária.

Relevância de Ter um Plano Estruturado e Regular

Ter um plano estruturado de manutenção preventiva é fundamental para a gestão condominial. Um checklist bem elaborado permite que síndicos e administradores mantenham um controle rigoroso sobre todas as atividades de manutenção, assegurando que nenhum detalhe importante seja negligenciado. Isso não só protege o patrimônio, mas também otimiza os recursos financeiros do condomínio.

Neste artigo, abordaremos os seguintes tópicos:

  • Identificação das Áreas Críticas: Vamos identificar as principais áreas do condomínio que requerem manutenção regular, como áreas comuns, sistemas elétricos e hidráulicos, sistemas de segurança e estruturas.
  • Frequência de Manutenções: Discutiremos a frequência ideal para a realização de manutenções diárias, semanais, mensais, semestrais e anuais.
  • Ferramentas e Recursos Necessários: Exploraremos as ferramentas básicas necessárias para a manutenção e a importância de contratar profissionais especializados quando necessário.
  • Planejamento e Execução da Manutenção: Abordaremos como criar um cronograma de manutenção, delegar tarefas e executar o plano de manutenção preventiva de maneira eficaz.
  • Monitoramento e Avaliação: Discutiremos a importância de monitorar e avaliar constantemente os custos e a eficácia da manutenção preventiva, além de sugerir métricas e indicadores para acompanhar o desempenho financeiro do condomínio.
  • Benefícios da Manutenção Preventiva: Enfatizaremos os benefícios da manutenção preventiva, incluindo a redução de custos a longo prazo, o aumento da segurança e conforto dos moradores e a valorização do patrimônio.

O objetivo deste artigo é fornecer um guia prático e detalhado para síndicos e administradores de condomínios sobre como implementar e manter um checklist de manutenção preventiva eficaz. Ao seguir as estratégias e práticas recomendadas, é possível garantir uma gestão condominial mais eficiente, segura e econômica.

Identificação das Áreas Críticas

A manutenção preventiva em um condomínio deve focar nas áreas mais críticas para garantir a segurança, conforto e funcionalidade das instalações. A seguir, detalhamos as principais áreas que requerem atenção constante:

Áreas Comuns

Manutenção de Piscinas, Salões de Festas e Academias

  • Piscinas: Inspeção e manutenção dos sistemas de filtragem e tratamento da água, verificação de rachaduras e desgastes no revestimento, e limpeza regular.
  • Salões de Festas: Checagem das instalações elétricas, limpeza e verificação de móveis e equipamentos, e manutenção de sistemas de ar condicionado.
  • Academias: Inspeção e manutenção dos equipamentos de ginástica, verificação da ventilação e sistemas de ar condicionado, e limpeza de espelhos e superfícies.

Verificação de Áreas de Lazer e Convivência

  • Parquinhos: Inspeção dos brinquedos e estruturas de segurança, verificação de áreas de impacto e pisos.
  • Churrasqueiras e Áreas de Convivência: Limpeza e manutenção de equipamentos, verificação de sistemas de iluminação e pontos elétricos, e inspeção de móveis e infraestrutura.

Sistemas Elétricos e Hidráulicos

Inspeção de Quadros de Energia, Fiação, e Tomadas

  • Quadros de Energia: Revisão e manutenção dos quadros de distribuição, checagem de disjuntores e fusíveis.
  • Fiação e Tomadas: Inspeção de cabos e fiações para detectar desgaste, sobrecarga ou riscos de curto-circuito, verificação de tomadas e interruptores.

Checagem de Tubulações, Bombas e Sistemas de Água

  • Tubulações: Inspeção de tubos e conexões para identificar vazamentos, corrosão ou bloqueios.
  • Bombas e Sistemas de Água: Manutenção de bombas de água, checagem de pressão e fluxo, verificação de sistemas de aquecimento e resfriamento.

Sistemas de Segurança

Revisão de Câmeras, Alarmes, Portões Eletrônicos e Interfones

  • Câmeras e Alarmes: Inspeção regular das câmeras de segurança, manutenção dos sistemas de gravação e monitoramento, verificação de alarmes e sensores de movimento.
  • Portões Eletrônicos e Interfones: Manutenção dos motores e mecanismos de abertura, verificação de interfones e sistemas de comunicação.

Manutenção de Extintores de Incêndio e Saídas de Emergência

  • Extintores de Incêndio: Inspeção regular dos extintores, verificação de validade e pressão, reposição de equipamentos.
  • Saídas de Emergência: Checagem de portas corta-fogo, sinalização e iluminação de emergência, verificação de rotas de evacuação.

Estrutura e Construção

Verificação de Fissuras, Infiltrações e Desgaste na Estrutura

  • Fissuras e Infiltrações: Inspeção visual e técnica de fissuras nas paredes e pisos, detecção de infiltrações em áreas críticas, reparos preventivos.
  • Desgaste na Estrutura: Verificação de pilares, vigas e fundações, manutenção preventiva para evitar degradação.

Manutenção de Telhados, Fachadas e Pisos

  • Telhados: Inspeção de telhas, calhas e sistemas de drenagem, reparo de danos e prevenção de vazamentos.
  • Fachadas: Manutenção de revestimentos, pintura e reparos de fissuras, inspeção de impermeabilização.
  • Pisos: Verificação de desgaste e danos, manutenção de pisos de áreas comuns, reparo de trincas e buracos.

Essas são as áreas críticas que devem ser incluídas em um checklist de manutenção preventiva para condomínios. Manter essas áreas em boas condições não só preserva o patrimônio do condomínio, mas também assegura um ambiente seguro e confortável para todos os moradores.

Frequência de Manutenções

Para assegurar a longevidade e eficiência das instalações do condomínio, é crucial estabelecer uma frequência de manutenções bem definida. A seguir, detalhamos as atividades de manutenção recomendadas para diferentes períodos:

Manutenção Diária

Limpeza das Áreas Comuns e Remoção de Lixo

  • Limpeza Geral: Higienização diária dos corredores, halls de entrada, elevadores e demais áreas comuns para manter um ambiente limpo e agradável.
  • Remoção de Lixo: Coleta e descarte adequado dos resíduos das áreas comuns, garantindo que não haja acúmulo e prevenindo problemas de higiene.

Verificação de Iluminação e Pequenos Reparos

  • Iluminação: Checagem diária das lâmpadas e luminárias nas áreas comuns, substituindo as que estiverem queimadas ou com mau funcionamento.
  • Pequenos Reparos: Realização de reparos rápidos em equipamentos ou infraestruturas que apresentarem defeitos, como torneiras vazando, portas rangendo, entre outros.

Manutenção Semanal

Checagem de Sistemas de Segurança e Funcionamento dos Elevadores

  • Sistemas de Segurança: Inspeção dos sistemas de câmeras, alarmes e interfones para assegurar que estão operando corretamente.
  • Elevadores: Verificação do funcionamento dos elevadores, incluindo testes de segurança e operação suave, além de limpeza das cabines.

Inspeção de Jardins e Áreas Externas

  • Jardins: Manutenção dos jardins, incluindo poda de plantas, irrigação e controle de pragas.
  • Áreas Externas: Verificação de limpeza e conservação das áreas externas, como estacionamentos, calçadas e playgrounds.

Manutenção Mensal

Revisão de Bombas de Água, Sistemas de Irrigação e Piscinas

  • Bombas de Água: Checagem do funcionamento e pressão das bombas de água, além de realizar limpezas e ajustes necessários.
  • Sistemas de Irrigação: Inspeção e manutenção dos sistemas de irrigação para garantir que estejam funcionando corretamente e de forma eficiente.
  • Piscinas: Verificação dos sistemas de filtragem e tratamento da água, limpeza das bordas e inspeção da estrutura.

Verificação de Sistemas de Ventilação e Ar Condicionado

  • Ventilação: Inspeção dos sistemas de ventilação, incluindo a limpeza de dutos e verificação de filtros.
  • Ar Condicionado: Manutenção dos sistemas de ar condicionado nas áreas comuns, garantindo que estejam operando de maneira eficiente e sem problemas.

Manutenção Semestral e Anual

Inspeção Detalhada da Estrutura do Edifício

  • Estrutura: Avaliação semestral da estrutura do edifício, verificando por fissuras, infiltrações, desgaste ou outros sinais de danos.
  • Reparos Preventivos: Realização de reparos necessários para prevenir problemas maiores no futuro.

Auditoria Completa dos Sistemas Elétricos e Hidráulicos

  • Sistemas Elétricos: Inspeção anual detalhada dos sistemas elétricos, incluindo quadros de distribuição, fiação, tomadas e interruptores.
  • Sistemas Hidráulicos: Revisão completa das tubulações, bombas e sistemas de água para garantir que não haja vazamentos, corrosão ou outros problemas.

Estabelecer uma rotina de manutenção com diferentes frequências é essencial para manter o condomínio em ótimas condições. Cada intervalo de tempo cobre aspectos específicos que, quando combinados, asseguram a segurança, eficiência e bem-estar dos moradores.

Ferramentas e Recursos Necessários

Implementar um plano de manutenção preventiva eficaz para condomínios requer não apenas planejamento, mas também as ferramentas e recursos adequados. Abaixo, detalhamos os itens essenciais para garantir que todas as atividades de manutenção sejam realizadas de maneira eficiente e profissional.

Ferramentas Básicas

Lista de Ferramentas Essenciais para a Manutenção Regular

  • Caixa de Ferramentas Completa: Incluindo chave de fenda, chave inglesa, alicates, martelo, fita isolante e nível.
  • Ferramentas Elétricas: Furadeira, serra elétrica e multímetro para inspeção de circuitos elétricos.
  • Equipamentos de Segurança: Luvas, capacetes, óculos de proteção e cintos de segurança para garantir a segurança durante as manutenções.
  • Kits de Reparo: Conjuntos de peças de reposição comuns, como fusíveis, interruptores, tomadas, e anéis de vedação.
  • Produtos de Limpeza e Manutenção: Desengraxantes, lubrificantes, produtos de limpeza para ar condicionado e piscinas.

Contratação de Profissionais Especializados

Quando e Como Contratar Especialistas

  • Eletricistas: Necessários para a inspeção e manutenção detalhada dos sistemas elétricos, resolução de problemas complexos e execução de reparos que exigem conhecimento técnico especializado.
    • Quando Contratar: Para auditorias anuais, reparos de emergência e instalação de novos equipamentos elétricos.
  • Encanadores: Essenciais para a manutenção e reparos dos sistemas hidráulicos, incluindo detecção e reparo de vazamentos, desobstrução de tubulações e manutenção de bombas de água.
    • Quando Contratar: Para inspeções semestrais, emergências e quando houver grandes obras ou reformas que envolvam o sistema hidráulico.
  • Técnicos de Segurança: Para garantir que todos os sistemas de segurança do condomínio, como câmeras, alarmes e portões eletrônicos, estejam funcionando corretamente.
    • Quando Contratar: Para verificações mensais e sempre que houver uma atualização ou falha no sistema de segurança.
  • Especialistas em Manutenção de Elevadores: Garantem o funcionamento seguro e eficiente dos elevadores, realizando manutenções preventivas e corretivas.
    • Quando Contratar: Para manutenções mensais e inspeções anuais obrigatórias.

Documentação e Registros

Importância de Manter Registros Detalhados de Todas as Manutenções Realizadas

  • Histórico de Manutenção: Manter um registro detalhado de todas as atividades de manutenção realizadas, incluindo datas, tipos de serviços realizados e profissionais envolvidos.
    • Benefícios: Facilita a identificação de padrões de desgaste, planejamento de manutenções futuras e oferece uma base sólida para auditorias.
  • Documentação de Contratos e Serviços: Arquivar todos os contratos com fornecedores e profissionais, bem como os relatórios de serviços prestados.
    • Benefícios: Assegura a transparência e facilita a resolução de disputas ou questões legais.
  • Plano de Manutenção: Desenvolver e atualizar continuamente um plano de manutenção preventiva que inclua cronogramas, procedimentos e listas de verificação.
    • Benefícios: Garante que todas as áreas críticas sejam monitoradas regularmente e que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente.
  • Registros de Incidentes e Reparos: Documentar todos os incidentes e reparos realizados no condomínio.
    • Benefícios: Fornece uma base de dados para análises futuras e melhora a capacidade de resposta a emergências.

Garantir que todas essas ferramentas e recursos estejam disponíveis e bem gerenciados é fundamental para a eficácia da manutenção preventiva no condomínio. Uma abordagem organizada e meticulosa não apenas prolonga a vida útil das instalações, mas também promove a segurança e o bem-estar de todos os moradores.

Planejamento e Execução da Manutenção

Uma manutenção preventiva eficaz em condomínios depende de um planejamento meticuloso e de uma execução rigorosa. Nesta seção, vamos abordar como elaborar um cronograma eficiente, delegar tarefas de forma adequada e garantir a execução prática das manutenções listadas no checklist.

Elaboração de um Cronograma

Como Criar um Cronograma Eficiente de Manutenção Preventiva

  • Identificação das Necessidades: Comece identificando todas as áreas e equipamentos que necessitam de manutenção regular. Isso inclui sistemas elétricos e hidráulicos, áreas comuns, sistemas de segurança, e a estrutura do edifício.
  • Frequência das Manutenções: Determine a frequência necessária para cada tipo de manutenção. Por exemplo, algumas tarefas podem ser diárias, como a limpeza das áreas comuns, enquanto outras podem ser mensais, semestrais ou anuais.
  • Calendário Detalhado: Elabore um calendário detalhado que inclua todas as tarefas de manutenção. Utilize ferramentas digitais, como planilhas ou softwares de gestão, para facilitar o acompanhamento.
  • Prazos e Prioridades: Estabeleça prazos realistas para cada tarefa e defina prioridades. Assegure-se de que as manutenções mais críticas sejam realizadas primeiro.

Importância de Seguir o Cronograma Rigorosamente

  • Prevenção de Problemas: Seguir o cronograma ajuda a prevenir problemas maiores, evitando que pequenos reparos se transformem em grandes despesas.
  • Consistência e Confiabilidade: Mantém a consistência e a confiabilidade das operações do condomínio, garantindo um ambiente seguro e agradável para todos os moradores.
  • Acompanhamento e Ajustes: Permite o acompanhamento contínuo e a realização de ajustes conforme necessário, garantindo que o plano de manutenção esteja sempre atualizado e eficaz.

Delegação de Tarefas

Definição de Responsabilidades para a Equipe de Manutenção

  • Papéis e Responsabilidades: Defina claramente os papéis e responsabilidades de cada membro da equipe de manutenção. Cada pessoa deve saber exatamente o que se espera dela.
  • Treinamento e Capacitação: Ofereça treinamento adequado para garantir que todos os envolvidos estejam capacitados para realizar suas tarefas com eficiência e segurança.
  • Supervisão e Coordenação: Nomeie um supervisor ou coordenador de manutenção para garantir que todas as tarefas sejam realizadas conforme o cronograma e os padrões estabelecidos.

Envolvimento do Conselho Condominial e Moradores

  • Transparência e Comunicação: Mantenha o conselho condominial e os moradores informados sobre o plano de manutenção e as atividades programadas. A comunicação clara e transparente é fundamental para o sucesso do projeto.
  • Feedback e Participação: Incentive o feedback dos moradores e a participação ativa nas iniciativas de manutenção. A colaboração pode trazer insights valiosos e aumentar o engajamento da comunidade.

Execução Prática

Passos para a Execução das Manutenções Listadas no Checklist

  • Preparação: Certifique-se de que todos os materiais e ferramentas necessários estão disponíveis antes de iniciar qualquer tarefa. Planeje com antecedência para evitar atrasos e interrupções.
  • Execução das Tarefas: Siga o checklist de manutenção preventiva rigorosamente. Realize cada tarefa conforme descrito e assegure-se de que todas as etapas sejam concluídas de maneira adequada.
  • Inspeções e Verificações: Após a execução de cada tarefa, realize inspeções para verificar a qualidade do trabalho realizado. Corrija quaisquer problemas imediatamente.
  • Registro e Documentação: Mantenha registros detalhados de todas as atividades de manutenção realizadas. Documente o que foi feito, quando foi feito e por quem foi feito. Isso é crucial para auditorias futuras e para monitorar o desempenho do plano de manutenção.

Um planejamento e uma execução bem estruturados são essenciais para a manutenção preventiva em condomínios. Seguir estas diretrizes ajuda a garantir que todas as áreas e equipamentos sejam mantidos em ótimo estado, prolongando sua vida útil e promovendo a segurança e o conforto dos moradores.

Monitoramento e Avaliação

Para garantir que a manutenção preventiva em um condomínio seja eficaz e sustentável, é fundamental implementar um sistema robusto de monitoramento e avaliação. Esta seção explora como definir indicadores de desempenho, coletar feedback e implementar melhorias contínuas, além de criar e apresentar relatórios periódicos.

Indicadores de Desempenho

Definição de Métricas para Avaliar a Eficácia da Manutenção Preventiva

  • Taxa de Ocorrência de Problemas: Monitore a frequência de problemas ou falhas após a implementação da manutenção preventiva. Uma redução nesses eventos indica que o programa está funcionando bem.
  • Tempo de Resolução: Avalie o tempo necessário para resolver problemas detectados durante a manutenção preventiva. Menores tempos de resolução indicam eficiência.
  • Custo de Manutenção: Compare os custos da manutenção preventiva com os custos de reparos emergenciais anteriores. Reduções nos custos totais sugerem uma boa eficácia do plano.
  • Satisfação dos Moradores: Utilize pesquisas de satisfação para avaliar a percepção dos moradores sobre a qualidade da manutenção. Alta satisfação é um indicador positivo.

Feedback e Melhorias Contínuas

Coleta de Feedback dos Moradores sobre a Qualidade da Manutenção

  • Pesquisas e Questionários: Realize pesquisas regulares com os moradores para obter feedback sobre a manutenção das áreas comuns, sistemas de segurança e outras instalações.
  • Caixas de Sugestões: Instale caixas de sugestões em áreas comuns para permitir que os moradores forneçam feedback anônimo e contínuo.
  • Reuniões e Fóruns: Organize reuniões periódicas ou fóruns de discussão onde os moradores possam expressar suas opiniões e sugestões diretamente ao conselho e à equipe de manutenção.

Implementação de Melhorias com Base nos Resultados Obtidos

  • Análise de Feedback: Analise o feedback coletado para identificar padrões e áreas que necessitam de melhorias.
  • Ajustes no Cronograma: Faça ajustes no cronograma de manutenção preventiva com base no feedback e nos indicadores de desempenho.
  • Capacitação Contínua: Promova treinamentos e capacitações adicionais para a equipe de manutenção, conforme necessário, para abordar áreas de melhoria.

Relatórios Periódicos

Criação de Relatórios de Manutenção e Sua Apresentação para o Conselho e Moradores

  • Conteúdo dos Relatórios: Inclua no relatório um resumo das atividades de manutenção realizadas, os resultados dos indicadores de desempenho, feedback coletado dos moradores e quaisquer melhorias implementadas.
  • Frequência dos Relatórios: Defina uma frequência regular para a criação e apresentação dos relatórios, como mensal, trimestral ou semestral, dependendo das necessidades do condomínio.
  • Apresentação Transparente: Apresente os relatórios de maneira clara e transparente durante as reuniões do conselho e em assembleias gerais dos moradores. Utilize gráficos e tabelas para facilitar a compreensão dos dados.
  • Ação e Responsabilidade: Defina ações específicas e responsabilidades com base nos resultados do relatório. Isso pode incluir novos treinamentos, ajustes no cronograma ou revisões de contratos com fornecedores.

Um monitoramento e avaliação eficazes são cruciais para manter a qualidade e eficiência da manutenção preventiva no condomínio. A implementação de indicadores de desempenho, a coleta de feedback contínuo e a criação de relatórios periódicos ajudam a garantir que o plano de manutenção esteja sempre alinhado com as necessidades dos moradores e os objetivos do condomínio.

Benefícios da Manutenção Preventiva

Implementar um plano de manutenção preventiva no condomínio traz uma série de benefícios significativos. Vamos explorar como essa prática pode reduzir custos a longo prazo, aumentar a segurança e o conforto dos moradores e contribuir para a valorização do patrimônio.

Redução de Custos a Longo Prazo

Economia com Grandes Reparos

A manutenção preventiva identifica e resolve problemas potenciais antes que eles se tornem grandes e caros reparos. Pequenas falhas, se não tratadas, podem se transformar em danos maiores, exigindo intervenções complexas e onerosas. Por exemplo, uma inspeção regular do sistema elétrico pode prevenir curtos-circuitos e incêndios, enquanto a verificação de telhados e calhas pode evitar infiltrações e danos estruturais.

Eficiência Operacional

Manter os equipamentos e sistemas em bom estado de funcionamento garante que eles operem com eficiência máxima, consumindo menos energia e reduzindo os custos operacionais. Sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC), por exemplo, funcionam de maneira mais eficiente quando são regularmente limpos e ajustados, resultando em contas de energia mais baixas.

Aumento da Segurança e Conforto

Benefícios Diretos para a Segurança dos Moradores

A manutenção preventiva garante que os sistemas de segurança, como alarmes de incêndio, câmeras de vigilância e portões eletrônicos, estejam sempre em perfeito estado de funcionamento. Isso reduz o risco de incidentes e aumenta a sensação de segurança entre os moradores. Inspeções regulares dos sistemas de gás e elétrico também ajudam a prevenir acidentes graves, como incêndios e vazamentos de gás.

Conforto e Qualidade de Vida

A manutenção regular das áreas comuns e dos equipamentos do condomínio melhora o conforto e a qualidade de vida dos moradores. Piscinas bem cuidadas, academias em bom estado e áreas de lazer sempre prontas para uso tornam a experiência de viver no condomínio mais agradável. Além disso, a rápida resolução de pequenos problemas, como lâmpadas queimadas ou portas que não fecham corretamente, contribui para um ambiente mais confortável.

Valorização do Patrimônio

Impacto na Valorização das Unidades

Um condomínio bem cuidado é mais atraente para potenciais compradores e inquilinos. A manutenção preventiva regular mantém a aparência e a funcionalidade das instalações, aumentando o valor de mercado das unidades. Um edifício que apresenta poucos problemas de manutenção é percebido como mais confiável e de maior qualidade.

Preservação e Melhoria do Patrimônio

Além de manter o valor, a manutenção preventiva pode, em muitos casos, melhorar a infraestrutura e as comodidades do condomínio. Atualizações regulares e melhorias nos sistemas existentes, como a instalação de painéis solares ou a modernização dos elevadores, podem adicionar valor ao patrimônio coletivo.

Implementar um plano de manutenção preventiva é, sem dúvida, um investimento estratégico para qualquer condomínio. A longo prazo, os benefícios superam os custos iniciais, resultando em economia financeira, segurança aprimorada, conforto e valorização do patrimônio. Esses fatores não apenas melhoram a qualidade de vida dos moradores, mas também fortalecem a saúde financeira do condomínio.

Conclusão: Garantia de segurança, conforto e valorização

A manutenção preventiva é essencial para garantir a segurança, o conforto e a valorização do patrimônio em condomínios. Ao longo deste artigo, abordamos diversas estratégias e práticas que podem ser implementadas para estabelecer um plano eficaz de manutenção preventiva.

Recapitulação dos Pontos Principais

Primeiramente, destacamos a importância de identificar as áreas críticas do condomínio, como sistemas elétricos e hidráulicos, áreas comuns e estruturas de segurança. A realização de manutenções regulares nessas áreas pode prevenir problemas maiores e evitar custos elevados no futuro.

Em seguida, discutimos a necessidade de estabelecer uma frequência adequada para diferentes tipos de manutenção, desde tarefas diárias até verificações anuais. Um cronograma bem elaborado é fundamental para garantir que todas as áreas do condomínio recebam a devida atenção.

Também exploramos a importância de ter as ferramentas certas e, quando necessário, contratar profissionais especializados para tarefas mais complexas. Além disso, manter registros detalhados de todas as manutenções realizadas é crucial para monitorar a eficácia das atividades e fazer ajustes conforme necessário.

Por fim, destacamos os benefícios da manutenção preventiva, que incluem a redução de custos a longo prazo, o aumento da segurança e conforto dos moradores e a valorização do patrimônio do condomínio.

Incentivo à Implementação

Agora que você está ciente das vantagens e práticas recomendadas para a manutenção preventiva, é hora de colocar esses conhecimentos em prática. Síndicos e administradores de condomínios têm um papel crucial na implementação e supervisão dessas atividades. Adotar uma abordagem proativa em relação à manutenção não só evitará problemas futuros, mas também contribuirá para um ambiente mais seguro e agradável para todos os moradores.

Mensagem Final

A manutenção preventiva regular e bem planejada é um investimento inteligente para qualquer condomínio. Não se trata apenas de evitar problemas e reduzir custos, mas também de promover uma melhor qualidade de vida para todos os residentes. Ao implementar essas práticas, você estará garantindo que o seu condomínio permaneça um lugar seguro, confortável e valorizado.

Ao final, lembre-se de que a manutenção preventiva é uma responsabilidade contínua e colaborativa. Envolver os moradores, manter um diálogo aberto e buscar melhorias constantes são passos fundamentais para o sucesso dessa estratégia. Com dedicação e planejamento, a manutenção preventiva pode transformar positivamente a gestão do seu condomínio.

Fonte: Suporte condomínio

Nova lei proíbe termos discriminatórios em elevadores do DF

A lei distrital que proíbe a diferenciação de elevadores foi inspirada em legislação similar do Rio de Janeiro, sendo adaptada ao DF para garantir o acesso universal em edificações públicas e privadas - Foto: Emerson Tormann / AP
A lei distrital que proíbe a diferenciação de elevadores foi inspirada em legislação similar do Rio de Janeiro, sendo adaptada ao DF para garantir o acesso universal em edificações públicas e privadas - Foto: Emerson Tormann / AP


Proibição dos Termos "Social" e "Serviço" em Elevadores no DF – Como Identificar sem Discriminar?

O Distrito Federal instituiu lei que veda o uso das denominações "Elevador Social" e "Elevador de Serviço" em prédios públicos e privados. Sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, a Lei nº 7.645/2024 entrou em vigor nesta quinta-feira (26).

A medida, proposta pelo deputado Max Maciel (PSOL), visa combater discriminações e promover igualdade no acesso às edificações. O descumprimento pode resultar em multas de até R$ 5 mil para estabelecimentos privados, enquanto órgãos públicos terão seus dirigentes responsabilizados administrativamente.

A Lei nº 7.645, sancionada em 26 de dezembro de 2024, trouxe uma mudança significativa nos condomínios do Distrito Federal, proibindo o uso dos termos "elevador social" e "elevador de serviço" em prédios públicos e privados. A medida, de autoria do Deputado Max Maciel, visa coibir discriminações e promover igualdade, especialmente entre trabalhadores e moradores. No entanto, a novidade gera desafios na gestão condominial, especialmente na preservação e uso adequado dos equipamentos.

Embora a lei proíba os termos, é essencial que síndicos e gestores condominiais mantenham a distinção funcional entre elevadores destinados ao transporte de carga e aqueles para uso exclusivo de passageiros. A separação técnica desses equipamentos é fundamentada por suas características de construção, operação e capacidade.

Conjuntos motorredutores na casa de máquinas dos elevadores 'social' e 'serviço'. Como se pode ver, ambos possuem características distintas - Foto: Emerson Tormann / AP
Conjuntos motorredutores na casa de máquinas dos elevadores 'social' e 'serviço' apresentam características distintas - Foto: Emerson Tormann / AP 

1. Elevadores de Carga (ou Serviço): projetados para suportar pesos maiores, frequentemente equipados com acabamentos mais resistentes e sistemas reforçados para movimentação de materiais pesados.

2. Elevadores de Passageiros (ou Social): priorizam conforto, estética e são projetados para transporte de pessoas, sem capacidade para suportar cargas excessivas ou grandes volumes.

Usar um elevador inadequadamente pode comprometer sua funcionalidade, reduzir a vida útil dos componentes e aumentar o risco de acidentes. Por exemplo, mover móveis ou grandes cargas em um elevador de passageiros pode danificar o sistema e gerar altos custos de manutenção para o condomínio.

Os síndicos devem se adaptar à nova legislação mantendo a conformidade técnica e as boas práticas de conservação. Aqui estão algumas orientações:

- Sinalização Alternativa: adotar placas que indiquem o uso específico do elevador, sem empregar os termos proibidos, como "exclusivo para cargas" ou "prioridade para transporte de materiais".

- Regulamento Interno Atualizado: revisar o regimento interno do condomínio para incluir regras claras sobre o uso correto dos elevadores, explicando as implicações de seu uso inadequado.

- Fiscalização do Uso: orientar os funcionários e moradores sobre a importância de respeitar as destinações técnicas de cada elevador, incluindo limites de peso e volume.

- Manutenção Preventiva: implementar um plano rigoroso de manutenção, assegurando que os equipamentos sejam inspecionados por técnicos habilitados, com registro no conselho profissional correspondente.

Além disso, eventuais falhas nos elevadores decorrentes de mau uso podem ser atribuídas à negligência do síndico, conforme o Código Civil Brasileiro (art. 1.348), reforçando a importância de uma gestão técnica e preventiva.

A proibição dos termos "social" e "serviço" para diferenciadores de elevadores é um avanço na luta contra a discriminação, mas requer atenção técnica para evitar prejuízos operacionais e acidentes. Síndicos e gestores condominiais devem adaptar-se à legislação sem perder de vista as normas de segurança, promovendo o uso responsável dos equipamentos. Assim, garantem tanto a conservação do patrimônio quanto a harmonia entre os moradores.

13º salário para colaboradores de condomínios: Guia completo para síndicos

Foto Lúcio Bernardo Jr.

Entenda como gerir o 13º salário de colaboradores em condomínios com eficiência e cumprir todas as obrigações como síndico

13º salário é um direito trabalhista garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Constituição Federal, aplicável a todos os empregados formais no Brasil. Para os síndicos e administradores de condomínios, essa obrigação legal requer planejamento financeiro cuidadoso, além do cumprimento rigoroso das datas de pagamento.

A falta de atenção a esse aspecto pode gerar problemas legais e financeiros, além de insatisfação por parte dos colaboradores, resultando em multas e outros tipos de penalidades. Este guia fornecerá uma visão completa sobre as regras e práticas essenciais para garantir que o 13º salário seja pago corretamente a todos os funcionários do condomínio.

Se você deseja evitar complicações legais e quer garantir uma gestão de condomínio eficiente, continue lendo e descubra como calcular, planejar e pagar o 13º salário de maneira correta e dentro dos prazos estabelecidos.

O que é o 13º Salário?

13º salário é um benefício extra oferecido ao trabalhador brasileiro, equivalente a um salário adicional, pago geralmente no final do ano. Ele visa aumentar o poder de compra dos trabalhadores em uma época que coincide com datas festivas e despesas de fim de ano.

Para os colaboradores de condomínios contratados sob o regime CLT, o 13º salário é um direito inalienável e deve ser pago conforme a legislação vigente. Esse pagamento é feito em duas parcelas: a primeira entre os meses de fevereiro e novembro, e a segunda até o dia 20 de dezembro.

Cálculo do 13º Salário

O cálculo do 13º salário é relativamente simples e segue a fórmula:

13º salário = Total dos salários recebidos no ano ÷ 12

Isso significa que o valor do 13º salário corresponde a um salário mensal do colaborador, proporcional ao tempo de serviço prestado ao longo do ano. Se o funcionário trabalhou durante os 12 meses completos, ele receberá um salário integral. Caso tenha trabalhado por um período inferior a 12 meses, o valor será proporcional.

Exemplo prático:

  • Um colaborador que ganha R$ 3.000,00 por mês e trabalhou durante todo o ano terá direito a R$ 3.000,00 de 13º salário.
  • Se trabalhou apenas 8 meses, o cálculo seria proporcional:
    13º salário = (8 x R$ 3.000,00) ÷ 12 = R$ 2.000,00

Responsabilidades dos Síndicos e Administradores

Os síndicos e administradores têm a responsabilidade de garantir que todos os colaboradores contratados pelo condomínio recebam o 13º salário corretamente e dentro dos prazos estabelecidos pela lei. Entre as principais obrigações estão:

  • Registro em Carteira: Todos os colaboradores devem estar devidamente registrados na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Isso assegura os direitos trabalhistas, inclusive o 13º salário.
  • Previsão no Orçamento: É essencial que os síndicos incluam o valor do 13º salário nas previsões orçamentárias do condomínio, a fim de evitar imprevistos financeiros. O valor deve ser considerado nas taxas condominiais, distribuído ao longo do ano para garantir que haja recursos suficientes para os pagamentos.

Datas de Pagamento do 13º Salário

O pagamento do 13º salário deve ser realizado em duas parcelas:

  1. Primeira parcela: Deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro. Essa parcela corresponde a 50% do valor total.
  2. Segunda parcela: Deve ser quitada até o dia 20 de dezembro, correspondendo aos 50% restantes.

Importante: A primeira parcela também pode ser paga junto com as férias do colaborador, desde que seja solicitado com antecedência.

Consequências do Não Cumprimento

O não pagamento do 13º salário dentro dos prazos pode gerar penalidades ao condomínio, incluindo multas e processos trabalhistas. Além disso, a falta de planejamento financeiro pode impactar a gestão condominial, criando um clima de insatisfação entre os colaboradores e até mesmo afetando a prestação de serviços essenciais ao condomínio.

Planejamento Financeiro do Condomínio

Para garantir que o pagamento do 13º salário ocorra sem complicações, é fundamental que o síndico ou administrador adote um planejamento financeiro cuidadoso. Isso inclui:

  • Previsão de Despesas: Incluir o 13º salário no orçamento anual do condomínio, distribuindo o valor nas cotas mensais pagas pelos condôminos.
  • Gestão de Caixa: Manter um fundo próprio para separar essa arrecadação ou uma boa gestão de caixa para garantir que haja liquidez suficiente para cobrir essa despesa no final do ano.
  • Consultoria Especializada: Em alguns casos, pode ser necessário contratar uma empresa de administração de condomínios ou um contador para auxiliar na gestão financeira e garantir que todos os encargos trabalhistas sejam cumpridos corretamente.

Considerações Finais

O cumprimento das obrigações trabalhistas, como o 13º salário, é fundamental para manter a harmonia e a boa gestão no condomínio. Síndicos e administradores devem estar sempre atentos às datas de pagamento, à previsão orçamentária e às regras da CLT, evitando complicações legais e financeiras. Além disso, garantir que os funcionários sejam pagos de forma justa contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Se você é síndico ou administrador de condomínio, certifique-se de planejar com antecedência e seguir todas as diretrizes legais, assegurando que o seu condomínio funcione de maneira eficiente e conforme a legislação.


Perguntas Frequentes

O 13º salário é obrigatório para todos os funcionários do condomínio?

Sim, todos os colaboradores contratados sob o regime CLT têm direito ao 13º salário.

O condomínio pode pagar o 13º salário em uma única parcela?

Não. O pagamento deve ser feito em duas parcelas, conforme estabelecido pela legislação.

Como planejar o orçamento para o 13º salário no condomínio?

Inclua o valor do 13º salário nas taxas condominiais, distribuindo os custos ao longo do ano para evitar acúmulos no final do ano.

O que acontece se o 13º salário não for pago dentro do prazo?

O condomínio poderá ser multado e poderá enfrentar processos trabalhistas por descumprimento da lei.

O síndico pode ser responsabilizado pessoalmente pelo não pagamento do 13º salário?

O síndico não é diretamente responsável, mas pode responder caso haja má gestão ou negligência na administração dos recursos do condomínio.

Fonte: Pacto Administradora

Norma Mundial de Elevadores promete uma nova era no setor

Imagem de freepik

Norma Mundial de Elevadores ISO 8100-1/2 promete uma nova era no setor

Por Fábio Aranha*

Pode parecer surpreendente falar em uma nova norma para elevadores logo após a implementação da ABNT 16.858 no Brasil. No entanto, a norma brasileira foi baseada nas normas europeias EN 81-20/50, publicadas na Europa em 2014 e que se tornaram obrigatórias em 2017.

Cerca de 90% dos países do mundo adotam normas europeias de elevadores. Exceções significativas são os Estados Unidos, que seguem as normas ASME, e o Japão, que utiliza o padrão JIS.

As normas globais de qualquer setor são publicadas pela ISO (International Organization for Standarization), e no caso dos elevadores, há um projeto avançado: a ISO 8100-1/2, que está em vias de ser publicada pelo Comitê ISO TC 178. (https://www.iso.org/committee/53970.html)

WEEF – WORLD ELEVATOR ESCALATOR FEDERATION

Formada em abril de 2019, a World Elevator Federation, com a AEM (Associação de Elevadores do Mercosul) como membro fundador, visa beneficiar consumidores, a indústria e garantir o desenvolvimento sustentável. As associações se comprometem a uma abordagem colaborativa e aberta com todas as partes interessadas para desenvolver padrões internacionais relevantes para seus produtos. O objetivo imediato é promover e melhorar a segurança, facilitar a inovação tecnológica e a livre circulação de mercadorias em todo o mundo, com estreita colaboração entre especialistas em padronização.

OBJETIVOS DA WEEF

  • Harmonização Técnica Global: Baseada na ISO 8100-1/2, que é uma evolução da EN 81-20/50 e da atual norma brasileira NBR 16.858.
  • Certificação Única: Um único certificado de conformidade aceito globalmente (um padrão, um teste e um certificado).
  • Promoção da Segurança e Qualidade: Elevar os níveis de segurança e qualidade em todo o mundo.

A EVOLUÇÃO E OS PRAZOS

A previsão inicial era a publicação no primeiro trimestre de 2025, mas surgiram obstáculos, como reservas legais da União Europeia, com mais de 1.000 comentários sobre as normas. A EN 81-20/50 não atendia aos novos regulamentos internos da CEN. Além disso, houve mais de 600 comentários do CEN/TC10 sobre a EN ISO 8100-1/2 e o ISO TC 178, todos os quais precisaram ser verificados e respondidos detalhadamente.

O comitê ISO TC 178 conta com a participação de 31 países e outros 27 como observadores, incluindo Brasil (ABNT) e Argentina (IRAM). Após a publicação, haverá um período de consulta pública de doze semanas. A entrada em vigor da EN ISO 8100-1/2 é esperada para 2025, com um período de transição de três anos e revogação da anterior EN 81-20/50:2020 em 2028, quando será substituída pela EN ISO 8100-1/2:2025.

CARACTERÍSTICAS E PRINCIPAIS MUDANÇAS

A ISO 8100-1 aborda os requisitos de segurança para a construção e instalação de elevadores, especificando critérios essenciais para garantir a segurança de passageiros e equipe de manutenção. A ISO 8100-2 foca nos requisitos de inspeção e teste, avaliando se os elevadores atendem às normas de segurança após a instalação e durante seu uso.

Essas normas são complementares e essenciais para um ciclo completo de segurança no setor de elevadores, desde a fabricação até a operação contínua.

Entre as principais mudanças, estão:

  • Requisitos detalhados para segurança das portas.
  • Soluções para evitar o aprisionamento de dedos/mãos nas portas de pavimento e de cabine.
  • Elevadores com polia de tração com espaço ampliado no piso.
  • Novas suspensões alternativas e equipamentos de balanceamento com acessórios
  • Novos requisitos para freios de máquinas elétricas e abertura hidráulica do freio de acionamento
  • Acesso seguro ao poço do elevador usando uma escada (novos requisitos)
  • Plataformas de manutenção no poço do elevador
  • Circuitos de segurança avaliados SIL (safety integrity level) – substituição para PESSRAL (Programmable Electronic Systems in Safety Related Applications for Lifts)
  • Dispositivos de resgate automático em caso de falta de energia.
  • Um sistema de medição de carga mais preciso.

A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO

Na última reunião da WEEF em Xangai, apresentei a experiência brasileira na implementação da nova norma 16.858. Para ter sucesso na implementação de uma norma padrão mundial em diversos países com realidades sociais e econômicas distintas, é crucial considerar vários fatores.

Desafios na implementação incluem:

Incertezas de Interpretação: A norma pode conter requisitos técnicos complexos que geram dúvidas.

Falta de Organismos Certificadores: Em alguns países, não há organismos reconhecidos pelas autoridades nacionais.

Custos para Pequenas e Médias Empresas (PMEs): A implementação e certificação podem ser onerosas.

Desafios Específicos para PMEs:

  • Desvantagem Competitiva: PMEs enfrentam dificuldades adicionais em um mercado dominado por grandes fabricantes.
  • Custos de Certificação: A atualização de equipamentos e o cumprimento de normas podem ser um fardo significativo.
  • Acesso Limitado a Expertise Técnica: Muitas PMEs têm dificuldades em encontrar especialistas capacitados.

Fatores a considerar para alcançar um padrão mundial com sucesso

Adaptabilidade: A norma deve ser adaptável às diferentes infraestruturas e recursos disponíveis em vários países.

Escalabilidade: O padrão deve ser aplicável a organizações de diferentes tamanhos na indústria de elevadores.

Desenvolver um padrão global que considere as variações sociais, econômicas e técnicas é crucial para melhorar a segurança e a proteção, ao mesmo tempo em que aborda os desafios regionais. A colaboração entre autoridades, associações e empresas é essencial para oferecer orientação, estabelecer organismos de certificação e encontrar maneiras de reduzir os custos de certificação, especialmente para empresas de menor porte.

*Fábio Aranha é Engenheiro pela Poli USP, Sócio fundador da Infolev, ex-presidente do SECIESP, atual Presidente da AEM- Associação de Elevadores do Mercosul (Membro da WEEF) e palestrante do Fórum Mundial de Elevadores na Interlift.

Segurança em Condomínio: Como prepará-lo para a alta temporada

Foto: Lúcio Bernardo Jr


Garanta a tranquilidade na alta temporada com medidas eficazes para reforçar a segurança e organização do condomínio

As férias de verão exigem mais cuidado e reforço na segurança em condomínio. É o momento de estar preparado, pois nesta época do ano muitos condomínios recebem um maior fluxo de pessoas visitando seus familiares.

Cada condomínio tem sua particularidade e cabe ao síndico se organizar para esse momento. As famílias viajam para aproveitar seus dias livres na praia, colegas se visitam, inquilinos sazonais começam a chegar…

Embora os momentos de convívio sejam agradáveis, eles podem acabar causando problemas relacionados ao controle de entrada dos visitantes, ao uso das áreas comuns e do estacionamento, além da possível falta de água.

Ao antecipar e listar soluções para as demandas, o síndico pode planejar, se organizar e fugir de possíveis dores de cabeça. Com isto em mente, hoje reunimos algumas dicas super úteis de segurança em condomínio para prepará-lo para a alta temporada. Confira:

Segurança em Condomínio: Como Prepará-lo para a Alta Temporada? 5 Dicas!

Chegou o final do ano! E, com ele, vem também a época de verão nos condomínios. Estamos aqui para ajudá-lo, síndico, a administrar cada parte da administração de condomínios, mesmo durante a temporada de férias.

Portanto, separamos algumas dicas e perguntas para você ter em mente. Todas elas para ter certeza de que o condomínio estará de acordo com todas as normas de segurança, garantindo benefícios para toda a comunidade.

A seguir vamos te mostrar quais são as dicas de segurança em condomínio e sobre como deixá-lo preparado para a alta temporada:

  • Foque na segurança do condomínio;
  • Compartilhe as responsabilidades;
  • Regras do regimento interno;
  • Manutenção e preparo da piscina;
  • Administre os aluguéis de verão.

1. Foque na Segurança do Condomínio

Este é também um período em que geralmente muitos visitantes são recebidos. Portanto, ter um sistema de controle de acesso eficaz ajuda a reduzir os riscos da entrada de indivíduos desconhecidos e não autorizados.

Outro detalhe fundamental sobre segurança na administração de condomínios neste período, é focar na redução das chances de acidentes, desta forma:

  • Limite a entrada de crianças na sauna e na academia;
  • A limpeza das piscinas deve ser realizada regularmente;
  • Verifique se o playground possui equipamentos apropriados;
  • Use tiras antiderrapantes em escadas;
  • Não permita que crianças entrem desacompanhadas no elevador;
  • Preste atenção à manutenção de áreas comuns e dos brinquedos do playground.

2. Compartilhe as Responsabilidades

Embora as funções do síndico sejam variadas, ele não faz tudo sozinho. Portanto, deve ficar claro para todos quais são suas responsabilidades para que o local funcione bem.

A gerência deve saber atribuir tarefas aos funcionários, bem como estabelecer regras claras sobre o papel dos residentes na segurança em condomínio.

Existem condomínios que contam com outros setores com funções, que uma vez bem estabelecidas, auxiliam na organização do local, tais como o Conselho de Segurança, Conselho Financeiro, Conselho Fiscal, Conselho de Propriedade e Manutenção.

3. Regras do Regimento Interno

Aqui vai nossa terceira dica sobre administração de condomínios na alta temporada: é importante que os residentes, sejam temporários ou permanentes, conheçam as regras internas do condomínio.

Uma sugestão é enviar antecipadamente aos condôminos um documento com os estatutos atualizados, destacando os prováveis aspectos que tenham sido acrescentados ou modificados durante o ano.

Busque reforçar os detalhes aos condôminos que alugam suas casas na temporada e peça para que informem sobre as regras aos inquilinos.

Outra dica de segurança em condomínio muito boa para que não se esqueçam das regras, é colocar sinalizações e cartazes posicionados estrategicamente nas áreas comuns.

4. Manutenção e Preparo da Piscina

Em condomínios que possuem piscinas, o verão é a época ideal para desfrutar deste espaço. Embora a piscina também requeira reparos durante as outras estações do ano, o verão e as férias dos estudantes exigem atenção especial.

Com relação à manutenção da piscina, a administração de condomínios deve:

  • Trocar o cloro da piscina a cada 2 dias;
  • Medir o nível do pH da água semanalmente;
  • Aspirar a água da piscina de 2 em 2 dias;
  • Fazer a limpeza completa da piscina a cada 15 dias.

Quando se trata da utilização da piscina do condomínio, a administração deve lembrar os moradores sobre algumas questões:

  • Quais são as horas de utilização das piscinas?
  • Quais são as medidas de segurança para as crianças na área da piscina?
  • Que roupas são consideradas apropriadas na piscina do condomínio?
  • Quais são as regras a serem seguidas ao utilizar as piscinas?
  • É necessário ter atestado médico para utilizar as piscinas do condomínio?

Este tipo de informação deve ser incluída na Convenção e nas regras de segurança em condomínio. Dependendo do estado ou município, pode haver regulamentos gerais que todos os condomínios da área devem seguir.

5. Administre os Aluguéis de Verão

Nos condomínios com apartamentos de verão, é essencial que o síndico conte com maior controle sobre os apartamentos.

Ter um cadastro de inquilinos temporários com informações como, por exemplo CPF, RG, placa do carro, número de pessoas autorizadas a entrar no condomínio e corretor ou imobiliária de imóveis responsável pelo aluguel é essencial.

Elevadores

Para manter a segurança em condomínio, preste especial atenção aos elevadores, já que eles são muito utilizados durante a temporada. Busque evitar a superlotação de pessoas, especialmente com bagagem, para evitar excesso de peso.

Evite também a entrada de banhistas molhados no mesmo. E lembre-se: crianças com menos de 10 anos de idade não devem entrar no elevador desacompanhadas.

Avisos

Algo muito importante na administração de condomínios: Para garantir o cumprimento das regras por parte dos visitantes e locatários, coloque avisos nos murais e elevadores informando sobre as principais regras do regulamento interno.

Conclusão

Fale com seus funcionários para planejar as férias e evitar possíveis problemas. Entretanto, se seu condomínio possui colaboradores terceirizados, este não será um grande problema.

Oriente os funcionários e moradores para testar as câmeras e alarmes de segurança antes de sair, e também para não dar informações a ninguém sobre quem está fora e seu tempo de ausência.

Além disso, busque conduzir campanhas com reforço das regras de segurança em condomínio para controlar a entrada e circulação de estranhos no local.

Fonte: Inspetor.com